sexta-feira, 8 de maio de 2009

Sem título.

Muitas pessoas acreditam que devemos seguir a vida do modo como elas vêem ser certo e que temos a obrigação de seguir a risca tudo aquilo em que acreditam. A verdade é que não se trata exatamente disso, mas do que é feita a vida.
E se trata de errar, se enganar, ser feliz, buscar o melhor, ser egoísta de vez em quando, magoar os outros, arriscar, ficar cego, pular de olhos fechados, ser irresponsável, rir de coisas estúpidas, se arrepender, querer fazer o tempo voltar.
Mas ele não volta e, portanto, não adianta chorar por aquilo que não se pode mudar.
O que podemos tentar é sermos melhor a cada dia, aprender a olhar mais pro lado quando formos ajudar os outros e mais pro nosso umbigo quando formos julgar alguém.
Gostaria de poder dizer que nunca machuquei ninguém seriamente, que nunca fui vilã na história de vida de alguém, mas sempre existe um. Assim como existem os vilões na minha história de vida, eu também sou vilã na vida de alguns. E não há nada que faça isso mudar, porque precisamos de alguém pra ser carrasco, pra explicar um pouco dos nossos erros, pra justificar erroneamente aquilo em que não acertamos. Mas como aquele foi pior ou mais errado que eu, eu julgo, eu aponto e paro de analisar quem eu realmente sou e o que realmente fiz. É mais fácil passar o fardo adiante e continuar estagnado, sendo o mesmo medíocre de sempre.
Aprendo a cada dia que não se analisa uma situação assertivamente se eu continuar a julgar, porque deixo de ser observador. Quem me dera conseguir ser só observadora, mas sou um ser humano e julgo sim. Certo ou errado. E muitos também me julgam por eu julgar. Seja lá aonde isso realmente chega e quantas pessoas machuca.
Mas no fim, estamos todos tentando ser felizes, cada qual do seu jeito, e tentando mostrar aos outros que os nossos defeitos não são tão ruins assim, ao invés de tentarmos nós mesmos, com iniciativa própria, nos tornarmos quem realmente queremos ser.
Por isso:
 “Plante seu jardim, e decore sua alma, ao invés de esperar que alguém lhe traga flores”.



Fernanda Mallmann