quarta-feira, 9 de junho de 2010

Esperança.

Entre eu e ela havia o aroma do café,
A espera por algo que trouxesse um movimento na direção certa.
Flores em guardanapo de papel,
Levemente umedecidos pelas lágrimas daquela mulata lutadora.
E ela não se permitia desistir,
E a impotência lhe tirou a dignidade.
Tirou-lhe tudo em que um dia ela já acreditou.
E me perguntei quanto tempo demoraria pra ela levantar a cabeça,
E recomeçar a lutar.
Quem desiste um pouco de si pelos outros desde pequena
Não consegue desistir da única centelha de orgulho que ainda lhe resta.
Fernanda Mallmann - 09/06/2010