
Fazia muito tempo desde que não olhava. Muito tempo.
E realmente muito tempo que não percebia o quanto tanto faz.
O quanto já me esgotei por isso.
Posso até me importar, mas no fundo mesmo, só o que resta é aquele vazio oco. Com cheiro de mofo, som de abandono.
Só o que sinto é uma falta de presença que não me traz saudade.
Talvez algumas lembranças embaralhadas, aleatórias.
Nada mais, porém.
Você realmente conseguiu cavar cada pedaço, e retirar-se de cada espaço.
Parabéns.
Tudo o que permanece é um fundo sem fim.
Fernanda Mallmann – 14/11/09