quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Erro

"Depois de tanto tropeçar
E tanto querer ver a pureza em seus olhos,
Esquecer o mal que um dia já me causaram,
Cansei-me.

Segui a diante, vendo num passado tão próximo
As verdades que tanto me chamaram.
A decepção há tanto existente,
Tímida demais para extravasar.

Foi quando conheci um pássaro,
De qualidades tão fortes que me ofuscaram,
Confundiram, e me puseram a pensar e lhe perguntar:
- Porque demoraste tanto?

Ele então, humildemente,
Mostrou-me o quanto eu estava machucada,
Cansada demais para poder ouvir seu canto,
Insistindo incessantemente no erro de lutar contra todos os meus ideais."

Fernanda Mallmann

Um comentário:

- disse...

-
"Depois de tanto tropeçar
E tanto querer ver a pureza em seus olhos,
Esquecer o mal que um dia já me causaram,
Cansei-me."

O que é o erro?
A tentativa do acerto? Ou o querer cego que nos ilude?
Quem é o pior cego? Aquele que não quer ver, ou aquele que vê o que quer?

Tantos erros quantos forem, tenho a presunção e o orgulho de dizer, que da tua alma eu algo conheço; sejam erros o que estiverem no caminho, não há dúvidas de que você, e só você pode transformar pássaros e cantos com tuas palavras, tua voz, teus encantos.

te amo.