sábado, 15 de agosto de 2009

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“Sem querer, às vezes, trago em mim a nossa lembrança.

E me parece que, realmente, tudo está preso aqui,

Que será impossível deixar ir embora, me desapegar.

E por mais incrível que pareça e mais improvável que eu gostaria que fosse,

Tem dias que não quero nada disso.

Mas já cansei de ver o quanto às vezes sinto falta

Daquela presença, do carinho, da impressão de que tudo ainda está lá.

Aquela falsa e errônea impressão de que tudo não passou de um sonho

E de que eu não sofri tudo o que sofri por uma mentira.

Mas por mais que eu queira,

Quando fecho os olhos e penso em todas aquelas pessoas

Que me fazem me sentir eu mesma,

Não encontro você em nenhuma esquina, em nenhum pensamento.

Não que isso seja algo ruim ou até que me surpreenda,

É só que talvez eu quisesse lembrar que não foi assim, tão efêmero.”

Fernanda Mallmann

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Um comentário:

- disse...

-

Com alguma sabedoria emprestada de Thousand 'Something Whatever' eu diria: "I wish you well
On this trip to find yourself
I wish you well
Wish I could help
But I can't help you find yourself"
E a verdade é que você não merece ninguém menos do que a pessoa que se perca e se encontre em você Fefa, de resto, é tudo centelha que não tem força o suficiente ou coragem para se consumir. E centelha não grava na pele, no pensamento, na memória... Centelha o vento leva. Tudo o que fica é o fogo que consome, e que se renova, e que se dá por inteiro - nada menos do que você merece.

teamo.
prasempreealém.